Como
encontrar perdão? Qual é o caminho para o perdão? Hoje eu gostaria que
respondêssemos essas duas perguntas. Espero que vocês encontrem comigo em
Hebreus 7.23-28 essas respostas:
Hebrews 7:23 -
8:1 3 Ora,
aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte
de continuar; 24 este, no
entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. 25 Por isso, também pode salvar
totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles. 26 Com efeito, nos
convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado
dos pecadores e feito mais alto do que os céus,
27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de
oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados,
depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se
ofereceu. 28 Porque a lei
constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do
juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para
sempre.
Os sacerdotes e a primeira aliança
O
sacerdócio foi instituído no AT durante o êxodo do povo israelita para
Canaã. Deus instituiu Arão, irmão de
Moisés, como sacerdote, ao estabelecer um pacto com o povo no monte Sinai. Esse
pacto foi firmado com a criação do tabernáculo, que era uma enorme tenda onde
ficava a arca da aliança. A função dos sacerdotes era cuidar dos rituais
religiosos do povo de Israel. Mais tarde, quando Israel já constituía um país,
o templo foi construído e os sacerdotes passaram a se ocuparem dos serviços do
templo. Entre esses serviços os mais importantes eram os sacrifícios de holocaustos.
Estes sacrifícios são descritos em Levíticos 6.6-7:
Leviticus
6:6-7 E, por sua oferta
pela culpa, trará, do rebanho, ao SENHOR um carneiro sem defeito, conforme a
tua avaliação, para a oferta pela culpa; trá-lo-á ao sacerdote. 7 E o sacerdote fará expiação por
ela diante do SENHOR, e será perdoada de qualquer de todas as coisas que fez,
tornando-se, por isso, culpada.
Agora podemos entender que, conforme o texto que acabamos
de ler, o sacrifício era feito com intuito de perdoar os pecados de quem os
ofertasse. Esses sacrifícios deveriam ser oferecidos todos os dias, para que os
próprios pecados dos sacerdotes fossem perdoados e regularmente cada Israelita
deveria oferecer sacrifícios pelos seus pecados também.
Os sacerdotes,
mediadores entre Deus e o povo
O sacerdote em Israel era quem mediava o pedido de perdão
do povo a Deus. Era através do sacerdote que se pedia perdão, e através dele o
perdão era declarado.
Em Gênesis, Deus condena o homem à morte pela sua
desobediência. Mas quando Deus firma o pacto com o povo, Ele oferece uma nova
chance de perdão, mas para que o perdão acontecesse, um animal precisaria
morrer no lugar do pecador.
A promessa do
messias sumo sacerdotal
Oscar Culmann[1], um
teólogo alemão do século XX, dizia que dentro do povo de Israel logo surgiria a
necessidade de um sacerdote superior aos sacerdotes humanos. Leio aqui uma
citação sua:“Quanto mais o sacerdote existente decepcionava as altas esperanças
que nele se depositavam, tanto mais era inevitável que a esperança do fim dos tempos,
em que todas as coisas haveriam de encontrar sua consumação, englobasse também
a imagem de um sumo sacerdote ideal.” Ou seja, um sacerdote humano, instituído
pela lei do êxodo, era passível de erros, ele pecava também, e precisava
realizar sacrifícios para que seus pecados fossem perdoados. Essa mediação
vinda de um líder mediador que decepcionava o povo criava esperanças de que um
dia um sacerdote superior viria. Um sacerdote que não fosse susceptível a erros
e pecados, que estabelecesse uma relação mais direta com Deus.
Jesus,
sacerdote definitivo e aliança definitiva
Com
a vinda de Jesus, porém, Deus traz um novo pacto. Esse novo pacto é selado pela
própria morte de Jesus. É o seu sacrifício que sela esse novo pacto. Seu
próprio sacrifício. Esse sacrifício é o suficiente para perdoar de vez todos os
pecados da história da humanidade. Mas de maneira diferente dos sacerdotes,
Cristo, sendo o próprio sacrifício, ressuscita. E se torna o mediador entre
Deus e os homens. Cristo se torna o novo sacerdote, que deu a si mesmo como
sacrifício. Mas ressuscitando, ele está acima de todos os outros sacerdotes,
pois ele nunca morrerá. É o único sacerdote eterno. E o seu sacrifício, único e
eterno.
Jesus, único mediador entre os
homens e Deus
Jesus
então se torna o sacerdote que media o perdão dos pecados do homem à Deus. Essa
mediação, diferente dos sacerdotes, é uma mediação completa e eterna. Ele é o
sumo sacerdote, santo, sem culpa e sem pecado. Jesus não precisa expiar seus
próprios pecados, pois ele não tem nenhum pecado. Ele é o sacerdote ideal de
que Oscar Cullmann fala que o povo esperaria. Ele é o consumador do novo pacto
de Deus com os homens.
Aplicação
É
através desse Sumo Sacerdote perfeito que podemos ter nossos pecados perdoados.
Através daquele que derramou o seu próprio sangue por nós, que se ofereceu a si
mesmo como sacrifício perfeito e completo. Somente através de Jesus é que
encontramos nossa real salvação, ele trouxe o pacto de Deus com o seu povo para
perto de nós. E hoje não precisamos mais sacrificar nada para obter o perdão de
Deus. Basta que nos dirijamos à Jesus em oração e somente a ele, pois ele é o
único mediador entre Deus e os homens. Ele é a própria palavra de Deus, viva e
a sua palavra nos traz o perdão.
Oração
Senhor
nosso! Jesus amado! Te agradecemos por que tu te entregaste a nós como
sacrifício próprio para nos libertar dos nossos pecados. E que por causa de ti
nós não dependemos de sacerdotes humanos e pecadores para nos relacionarmos com
Deus. E te pedimos que os nossos pecados, tanto os do nosso país, como os da
nossa cidade, os dos nossos líderes e representantes, os pecados da nossa
comunidade e os nossos pecados pessoais sejam perdoados por ti que já morreste
para pagar por eles. Te pedimos que tu nos ajude a reconhecer em ti o único
caminho para o perdão. E a proclamar este caminho às pessoas que convivem
conosco. Amém.
[1]
CULLMANN, Oscar. Cristologia do Novo
Testamento. Tradução: Daniel de Oliveira. Editora Custom Ltda – São Paulo,
SP. 2004. Pg 117
Nenhum comentário:
Postar um comentário