sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O Julgamento de Jow: Como entender o que os cristãos chamam de salvação?


Como a gente poderia entender o que é justificação por graça? Afinal de contas. O que é justificação? E o que é graça?
Quando pensamos em “justificação”, o que vem primeiro à mente é um tribunal. Um julgamento onde imaginamos um réu à frente de um júri. Um juiz na tribuna, um advogado de defesa e outro de acusação. Não é difícil imaginar essa cena que acontece em muitos filmes que vimos desde criança. Associamos inevitavelmente a palavra “justificação” à uma espécie de julgamento. Acontece que quando lemos isso na Bíblia, quem está no lugar de réu somos nós.
Vamos imaginar uma situação em que temos um personagem fictício chamado “Jow”. Se Jow tivesse cometido um crime, digamos, roubado uma loja de jogos e levado todos os lançamentos da EA games. (Eu sei que isso já passou pela cabeça de vocês. Mas é crime! Não façam isso em casa.)
Digamos que enquanto ele saia da loja com todos os jogos dentro da cueca (eu sei, conhecemos algumas pessoas em Brasília que fazem isso com muito mais do que jogos), o balconista nerd tenha notado o formato estranhamente quadrado da sua bunda. E por alguma razão ele tivesse uma “epifania anatômica” de que bundas não são quadradas. Jow acabou sendo preso e levado a julgamento poucos dias depois.
Nos julgamentos que estamos acostumados a assistir, pelo menos nos filmes, (nunca assisti nenhum de verdade, não sei se é assim mesmo) Jow é colocado no banco dos réus. Ao lado dele seu advogado recém aprovado na OAB, cedido pelo governo, afinal se ele tivesse dinheiro pra pagar um advogado, não teria tentado sair da loja com a bunda quadrada. Do outro lado da sala, o balconista nerd e seu advogado de acusação. E na tribuna, o juiz gordinho e careca.
Nesse julgamento. O balconista nerd seria chamado para depor contra Jow. Ele relataria sua experiência de “epifania anatômica”. Logo depois Jow seria chamado a se defender da acusação contando sua versão da história. Depois disso os dois advogados se digladiariam tentando extrair o máximo de indícios que favorecesse seu cliente. O julgamento terminaria com uma reunião dos jurados que decidiriam se Jow seria culpado pelo crime cometido ou não. Depois disso o juiz gordinho e careca pronunciaria a sentença baseado na decisão do júri.
Quando falamos de justificação na Bíblia as coisas são bem diferentes.
Mas do que então Jow seria acusado?
Segundo Romanos 5.12. Todas as pessoas são pecadoras, ou seja, não existe ninguém que não tenha pecado. É algo que está em nós. Nascemos assim e não há o que fazer quanto a isso. Sendo assim, Jow é pecador, ou seja, mesmo que ele nunca tivesse tentado sair da loja com a bunda quadrada, ele ainda assim teria sido um criminoso. Uma das coisas que pode nos mostrar o quanto somos pecadores, é que mesmo que ele não tivesse feito isso, somente a tentação que teria passado de pegar apenas um jogo e sair da loja sem pagar já teria sido um ato criminoso, mesmo que ele não o fizesse. O pecado não precisa de um ato para ser pecado (Atos 8.22). Podemos entender melhor o quanto somos pecadores e pecamos inclusive sem saber, observando também os Dez Mandamentos (Êxodo 20).
Um cara chamado Paulo. Que escreveu muitas cartas para os primeiros cristãos disse assim:
“Porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. Romanos 3.20b
Isso significa que se sem ter roubado os jogos Jow já era pecador sem saber e por natureza, conhecendo a lei dos mandamentos ele passa a saber o que é pecado. E por isso passa a se entender como pecador. Sendo assim, a acusação de Jow, é ser pecador.
Mas qual é o problema em ser pecador?
O problema de ser pecador, é que assim como um criminoso precisa pagar sua sentença, o pecador também tem uma sentença a pagar. E infelizmente a sentença que Jow e todos nós temos que pagar pelo pecado é grande demais. Essa sentença é bem maior do que pagar algumas horas de serviço comunitário. Ou ser preso por alguns anos. Sobre essa sentença, aquele cara chamado Paulo, de quem falei antes, disse:
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6.23
Sim. A sentença a ser paga por todas as pessoas da face da terra é a morte. Parece dura demais não é? Mas junto com essa sentença, Paulo falou que existe um “mas”. Uma coisa que se chama “dom gratuito”. Dom pode ser entendido mais fácil quando pensarmos nessa palavra em inglês, “gift”, significa “presente”. Isso memo. Dom é um presente. Quando damos um presente a alguém não cobramos nada por ele não é mesmo? Por isso dom gratuito, isso quer dizer “de graça”.
É aqui que a história do Jow, (e a nossa também) fica muito interessante. Jow é pecador, e por ser pecador ele deveria pagar com a morte. Mas existe algo que pode livrar ele disso. Existe um presente que Deus ofereceu a ele. Um presente que é a “vida externa”. Ou seja, se ele ganhou a vida eterna, a morte foi anulada.
Mas o que Jow fez para merecer esse presente? Paulo disse assim:
“Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.” Romanos 11.6
A resposta é nada! Não há nada que Jow possa fazer para merecer esse presente. Se é de graça, não precisa fazer nada pra merecer. E mesmo que ele tentasse, não conseguiria mesmo. Como é que ele poderia fazer algo que valesse tanto quanto a própria vida? E mesmo que ele oferecesse a própria vida em troca de seus pecados ainda estaria apenas pagando sua sentença.
Mas como é possível receber esse presente?
Um outro cara chamado João, que também escrevia cartas para os cristãos antigos, e conheceu Jesus pessoalmente escreveu assim:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16.
O que Deus fez para que pudéssemos receber o presente da vida eterna foi enviar seu filho para o mundo para morrer por nós pecadores. Sim, para que essa sentença fosse paga era preciso pagar com a morte. Mas como a morte de qualquer pessoa não é o suficiente para pagar por nossos pecador. Foi por isso que Ele mandou seu Filho, que era ao mesmo tempo Deus e homem. Ele deu sua vida como sacrifício divino. Sim, divino por que ele era Deus também. E sendo Deus ele pagou com sua morte por todos os nossos pecados.
Mas depois desse sacrifício ainda aconteceu algo extraordinário. O que acaba com qualquer julgamento contra os pecadores. Mateus, que era uma das pessoas mais próximas de Jesus, e conviveu três anos com ele, escreveu:
“Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia.” Mateus. 28.6
O Filho de Deus que tinha sacrificado sua vida pelos pecados do Jow e os nossos ressuscitou. Ele mostrou na prática o presente da vida eterna. Mas para receber esse presente, ainda é preciso que aconteça algo no Jow. Ele precisa acreditar que isso aconteceu realmente. Ele precisa acreditar que o Filho de Deus morreu por ele. Jesus se colocou no lugar de réu no julgamento para pagar a sentença no nosso lugar. Mas acreditar nisso parece loucura não é? Como alguém pode acreditar nessa história que um cara era Deus e homem ao mesmo tempo, e que ele morreu pra pagar a nossa sentença? E pior ainda. Que ele ressuscitou?
O nosso amigo Paulo escreveu assim para os cristãos de uma cidade chamada Efeso:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” Efésios 2.8
Ele disse que acreditar também é presente de Deus. Isso é muito estranho. Mas ele está falando que acreditar nessa história é um presente que só Deus pode dar. É por isso que o Jow só pode receber o presente da vida eterna se Deus lhe dar também o presente da fé, ou seja, acreditar que Jesus morreu para pagar pelos pecados dele. E que ele provou que existe sim vida eterna.
E para concluir, o que podemos dizer agora de Jow? Afinal de contas, se ele crer, ele é justo ou pecador? Se ele foi perdoado e ganhou o presente, ele é justo, mas se ele ainda continua pecando como todo mundo, como pode ser justo?
Em Romanos 7 Paulo disse que sim, se cremos somos justificados pela morte de Jesus por meio da fé. Mas ainda continuamos pecadores por que isso continua fazendo parte da nossa natureza. Então se Deus nos deu os dois presentes, vida eterna e fé, somos ainda pecadores mas justificados. Assim como Jow, somos justos e pecadores ao mesmo tempo.
Foto: Qual é a sentença para Jow? Jonatas Natanael Caprestana Como a gente poderia entender o que é justificação por graça? Afinal de contas. O que é justificação? E o que é graça? Quando pensamos em “justificação”, o que vem primeiro à mente é um tribunal. Um julgamento onde imaginamos um réu à frente de um júri. Um juiz na tribuna, um advogado de defesa e outro de acusação. Não é difícil imaginar essa cena que acontece em muitos filmes que vimos desde criança. Associamos inevitavelmente a palavra “justificação” à uma espécie de julgamento. Acontece que quando lemos isso na Bíblia, quem está no lugar de réu somos nós. Vamos imaginar uma situação em que temos um personagem fictício chamado “Jow”. Se Jow tivesse cometido um crime, digamos, roubado uma loja de jogos e levado todos os lançamentos da EA games. (Eu sei que isso já passou pela cabeça de vocês. Mas é crime! Não façam isso em casa.) Digamos que enquanto ele saia da loja com todos os jogos dentro da cueca (eu sei, conhecemos algumas pessoas em Brasília que fazem isso com muito mais do que jogos), o balconista nerd tenha notado o formato estranhamente quadrado da sua bunda. E por alguma razão ele tivesse uma “epifania anatômica” de que bundas não são quadradas. Jow acabou sendo preso e levado a julgamento poucos dias depois. Nos julgamentos que estamos acostumados a assistir, pelo menos nos filmes, (nunca assisti nenhum de verdade, não sei se é assim mesmo) Jow é colocado no banco dos réus. Ao lado dele seu advogado recém aprovado na OAB, cedido pelo governo, afinal se ele tivesse dinheiro pra pagar um advogado, não teria tentado sair da loja com a bunda quadrada. Do outro lado da sala, o balconista nerd e seu advogado de acusação. E na tribuna, o juiz gordinho e careca. Nesse julgamento. O balconista nerd seria chamado para depor contra Jow. Ele relataria sua experiência de “epifania anatômica”. Logo depois Jow seria chamado a se defender da acusação contando sua versão da história. Depois disso os dois advogados se digladiariam tentando extrair o máximo de indícios que favorecesse seu cliente. O julgamento terminaria com uma reunião dos jurados que decidiriam se Jow seria culpado pelo crime cometido ou não. Depois disso o juiz gordinho e careca pronunciaria a sentença baseado na decisão do júri. Quando falamos de justificação na Bíblia as coisas são bem diferentes. Mas do que então Jow seria acusado? Segundo Romanos 5.12. Todas as pessoas são pecadoras, ou seja, não existe ninguém que não tenha pecado. É algo que está em nós. Nascemos assim e não há o que fazer quanto a isso. Sendo assim, Jow é pecador, ou seja, mesmo que ele nunca tivesse tentado sair da loja com a bunda quadrada, ele ainda assim teria sido um criminoso. Uma das coisas que pode nos mostrar o quanto somos pecadores, é que mesmo que ele não tivesse feito isso, somente a tentação que teria passado de pegar apenas um jogo e sair da loja sem pagar já teria sido um ato criminoso, mesmo que ele não o fizesse. O pecado não precisa de um ato para ser pecado (Atos 8.22). Podemos entender melhor o quanto somos pecadores e pecamos inclusive sem saber, observando também os Dez Mandamentos (Êxodo 20). Um cara chamado Paulo. Que escreveu muitas cartas para os primeiros cristãos disse assim: “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. Romanos 3.20b Isso significa que se sem ter roubado os jogos Jow já era pecador sem saber e por natureza, conhecendo a lei dos mandamentos ele passa a saber o que é pecado. E por isso passa a se entender como pecador. Sendo assim, a acusação de Jow, é ser pecador. Mas qual é o problema em ser pecador? O problema de ser pecador, é que assim como um criminoso precisa pagar sua sentença, o pecador também tem uma sentença a pagar. E infelizmente a sentença que Jow e todos nós temos que pagar pelo pecado é grande demais. Essa sentença é bem maior do que pagar algumas horas de serviço comunitário. Ou ser preso por alguns anos. Sobre essa sentença, aquele cara chamado Paulo, de quem falei antes, disse: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6.23 Sim. A sentença a ser paga por todas as pessoas da face da terra é a morte. Parece dura demais não é? Mas junto com essa sentença, Paulo falou que existe um “mas”. Uma coisa que se chama “dom gratuito”. Dom pode ser entendido mais fácil quando pensarmos nessa palavra em inglês, “gift”, significa “presente”. Isso memo. Dom é um presente. Quando damos um presente a alguém não cobramos nada por ele não é mesmo? Por isso dom gratuito, isso quer dizer “de graça”. É aqui que a história do Jow, (e a nossa também) fica muito interessante. Jow é pecador, e por ser pecador ele deveria pagar com a morte. Mas existe algo que pode livrar ele disso. Existe um presente que Deus ofereceu a ele. Um presente que é a “vida externa”. Ou seja, se ele ganhou a vida eterna, a morte foi anulada. Mas o que Jow fez para merecer esse presente? Paulo disse assim: “Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.” Romanos 11.6 A resposta é nada! Não há nada que Jow possa fazer para merecer esse presente. Se é de graça, não precisa fazer nada pra merecer. E mesmo que ele tentasse, não conseguiria mesmo. Como é que ele poderia fazer algo que valesse tanto quanto a própria vida? E mesmo que ele oferecesse a própria vida em troca de seus pecados ainda estaria apenas pagando sua sentença. Mas como é possível receber esse presente? Um outro cara chamado João, que também escrevia cartas para os cristãos antigos, e conheceu Jesus pessoalmente escreveu assim: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. O que Deus fez para que pudéssemos receber o presente da vida eterna foi enviar seu filho para o mundo para morrer por nós pecadores. Sim, para que essa sentença fosse paga era preciso pagar com a morte. Mas como a morte de qualquer pessoa não é o suficiente para pagar por nossos pecador. Foi por isso que Ele mandou seu Filho, que era ao mesmo tempo Deus e homem. Ele deu sua vida como sacrifício divino. Sim, divino por que ele era Deus também. E sendo Deus ele pagou com sua morte por todos os nossos pecados. Mas depois desse sacrifício ainda aconteceu algo extraordinário. O que acaba com qualquer julgamento contra os pecadores. Mateus, que era uma das pessoas mais próximas de Jesus, e conviveu três anos com ele, escreveu: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia.” Mateus. 28.6 O Filho de Deus que tinha sacrificado sua vida pelos pecados do Jow e os nossos ressuscitou. Ele mostrou na prática o presente da vida eterna. Mas para receber esse presente, ainda é preciso que aconteça algo no Jow. Ele precisa acreditar que isso aconteceu realmente. Ele precisa acreditar que o Filho de Deus morreu por ele. Jesus se colocou no lugar de réu no julgamento para pagar a sentença no nosso lugar. Mas acreditar nisso parece loucura não é? Como alguém pode acreditar nessa história que um cara era Deus e homem ao mesmo tempo, e que ele morreu pra pagar a nossa sentença? E pior ainda. Que ele ressuscitou? O nosso amigo Paulo escreveu assim para os cristãos de uma cidade chamada Efeso: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” Efésios 2.8 Ele disse que acreditar também é presente de Deus. Isso é muito estranho. Mas ele está falando que acreditar nessa história é um presente que só Deus pode dar. É por isso que o Jow só pode receber o presente da vida eterna se Deus lhe dar também o presente da fé, ou seja, acreditar que Jesus morreu para pagar pelos pecados dele. E que ele provou que existe sim vida eterna. E para concluir, o que podemos dizer agora de Jow? Afinal de contas, se ele crer, ele é justo ou pecador? Se ele foi perdoado e ganhou o presente, ele é justo, mas se ele ainda continua pecando como todo mundo, como pode ser justo? Em Romanos 7 Paulo disse que sim, se cremos somos justificados pela morte de Jesus por meio da fé. Mas ainda continuamos pecadores por que isso continua fazendo parte da nossa natureza. Então se Deus nos deu os dois presentes, vida eterna e fé, somos ainda pecadores mas justificados. Assim como Jow, somos justos e pecadores ao mesmo tempo

O Frankenstein de Cristo

Você lembra do Dr. Frankenstein? Um cientista louco que construiu o corpo de um ser humano usando diferentes membros costurados ao mesmo corpo, ao qual conseguiu dar vida através da energia de um raio em uma tempestade. Essa história de ficção científica de Mary Shelley pode ser apenas uma fantasia para atiçar nossa imaginação, mas existe realmente um Frankenstein, e por incrível que pareça, fazemos parte dele.
Em 1Coríntios 12 o apóstolo Paulo fala do Corpo de Cristo: uma espécie de Frankenstein; uma criatura constituída de membros diferentes. Aliás, a palavra membros ainda é usada hoje quando nos referimos à nossa comunidade ou igreja local. Trata-se de uma maneira de nos referir àqueles que fazem parte da comunidade. No entanto nem se quer nos damos conta de que membros de um corpo tem tarefas específicas e que, embora sejam todos muito diferentes um do outro, fazem parte de um corpo que vive e trabalha em prol do Reino de Deus.
Somos todos membros do mesmo Frankenstein e portanto partes do mesmo corpo e um só corpo. Ora, se somos um só corpo, somente é possível que esse corpo possua um só Espírito. Sim. O mesmo Espírito Santo enviado por Cristo, através do qual todos os cristãos foram batizados. É importante lembrar isso por que muitos, embora sejam membros do mesmo corpo acham possível que esse corpo possua mais de um espírito. Se esse corpo não possui o mesmo Espírito, mas vários espíritos diferentes, provocando discórdia e possessões que o levam a agir de formas estranhas e contrárias às naturais do próprio Espírito Santo talvez seja o momento de chamar o exorcista Constantine! É extremamente importante que o mesmo Espírito seja ouvido e que este corpo se deixe ser guiado por ele.
Alguém já viu algum corpo que possui apenas um membro? A não ser que estejamos falando da “Mãozinha” da Família Adams é impossível que isso aconteça. Quer dizer: é impossível que um membro sobreviva separado do seu corpo. O que acontece com qualquer membro que é amputado de um corpo? Naturalmente morre. É o mesmo que acontece com qualquer cristão que decida viver separado do corpo de Cristo.
Se você fosse o Dr. Frankenstein, como construiria seu próprio monstro? Adiantaria que ele tivesse três mãos e apenas uma perna? E se ele não tivesse ouvidos mas possuísse três olhos? As funções de cada membro do corpo são necessárias para o seu bom funcionamento. Paulo afirma que não adianta desejar possuir os dons que você não possui. Deus dá os dons de acordo com a necessidade do corpo. Se você é a perna, não deseje ser a mão. Sua função pode parecer mais nobre, mas na hora de correr é das pernas que o corpo necessitará mais.
O Dr Frenkenstein necessitou de um enorme conhecimento científico para juntar os membros no corpo de seu monstro. Juntar veias, terminações nervosas, ossos e músculos são tarefas que exigem um profundo conhecimento médico e biológico. Além disso, era preciso dimensionar as partes para que o corpo não se tornasse excessivamente desproporcional. Deus, como criador da Igreja, sabe melhor do que qualquer um como montar seu próprio Frankenstein. Cada parte do corpo foi encaixada no devido lugar, na devida forma e proporção. Além disso, diferente do Dr. Frankenstein, Deus tornou-se homem para morrer em lugar da humanidade e tornar-se a própria cabeça do corpo. Deus não escolheu uma cabeça qualquer para liga-la ao corpo, mas ligou sua própria cabeça para que ela, sendo Cristo comandasse perfeitamente todo o corpo.
Se você pudesse escolher, gostaria de ter nascido sem alguma parte do seu corpo? Acredito que não. Já percebeu o quanto pode ser difícil a vida de alguém que perdeu ou nasceu sem algum membro? Da mesma forma, o Frankenstein de Cristo necessita de todos os seus membros em pleno funcionamento para que seja eficaz em sua missão de propagar o Reino de Deus. Por isso não adianta querer amputar simplesmente qualquer membro doente sem que haja a tentativa de trata-lo e curá-lo das possíveis doenças que possam contrair.
Finalmente, devemos lembrar que o corpo de Cristo é a igreja. Em cada comunidade ou grupo onde convivem cristãos existe um pequeno Frankenstein de Cristo tentando trabalhar harmoniosamente. Lute para que o corpo da qual você faz parte seja saudável e funcione plenamente.
Somos todos membros do Frankenstein de Cristo.